2º Etapa: Conceito para revendedores, técnicos e instaladores.

2º Etapa: Conceito para revendedores, técnicos e instaladores.

Nesta segunda continuaremos desenvolvendo com base nos dados da 1º etapa e também sobre a tese no blog do site. Descreveremos em linguagens igualmente compreensíveis para vendedores e instaladores, no propósito de assim informados prestar orientações seguras aos seus clientes.

Digressão:

Fundamentalmente o serviço da venda, projeto e instalação, valorizam-se pela expertise dos profissionais envolvidos, como também na diferenciação por conhecimento e aplicação das novas tecnologias.

Assim devemos ter na diretriz a correta informação ao cliente, no principio da transparência, e para a necessidade do cliente, e não pelos interesses capitalistas pragmáticos, pois uma empresa cresce pelo trabalho dos seus colaboradores, e se remunera por aquilo que conquista com o próprio mérito. Trata-se de uma simples lógica baseada no bom senso, onde qualquer dirigente ou colaborador se torna igualmente responsável no que tange ao resultado, pois a responsabilidade é intrínseca ao processo, e nisto podemos escolher os rumos e os resultados que desejarmos. Por isso os princípios norteadores são tão importantes, pois descrevem a essência da empresa, ou seja, demonstram os propósitos e também permitem contemplar os resultados a longo prazo, e condicionam o entusiasmo e interesses de todos os envolvidos.

O mercado do áudio e vídeo tem seus ciclos como outros também, pois estão vinculados às tecnologias comercializadas, e a divulgação dentro dos interesses dos fabricantes, quais são muito contrapostos entre os tamanhos das empresas. Na pequena empresa os relacionamentos são diretos e por isso se referenciam pela qualidade e atendimento, temos nas grandes com os relacionamentos indiretos e se referenciam pelo merchandising e preço. Restam as médias empresas, que tem os compromissos conjuntos, ou seja, concorrendo com as pequenas empresas, necessitam da qualidade em todos os aspectos, e do relacionamento direto, para através do feed back do resultado corrigir rumos e aperfeiçoar. De outro tem igualmente a necessidade da competição em preços, concorrendo com os grandes magazines, que pelo volume, organização de processos, e publicidade, obtém vantagens comerciais, atingindo a grande massa do publico consumidor.

Mas independentemente, todos tem em comum o cliente, que por sua vez tem a oportunidade da informação e a liberdade de escolha, por isso, também é responsável pelo resultado, e avalia os diferentes fornecedores e atendimentos, para então trabalhar o contexto de seus objetivos e satisfações.

A sintonia entre cliente e empresa e vice versa, convergem para o melhor resultado, por isso a sensibilidade; transparência e compreensão podem fazer a diferença para uma satisfação contínua com bons resultados financeiros

O conforto Visual:

Conforme a tese do conforto visual e auditivo, o parâmetro fundamental utilizado para o resultado é a área de visualização da tela, ou seja, a informação visual independente do formato, pois é percebida sobre uma área com imagem formada pela projeção. Isto se completa através da análise da fisiologia do olho humano, onde a distância permite um movimento do globo ocular dentro de uma zona de conforto visual, evitando assim o stress e permitindo-se ao entretenimento ou trabalho, exemplificado conforme as figuras que seguem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na figura vemos um exemplo colocado em forma de perspectiva. Podemos verificar os três tamanhos possíveis de telas para a distância da audiência (distancia visual “D”), os quais possuem a mesma área visual em metros quadrados.  Na figura em plana temos uma visão em planta para a condição horizontal e rebatida à direita para a condição vertical, ambas estão representadas na perspectiva para facilitar o entendimento.

Obs. Os conjuntos de telas se limitam dentro de uma elipse, qual de fato é a percepção visual, pois não enxergamos objetivamente e subjetivamente numa forma retangular e sim na forma de elipse, isto gera alguns detalhes técnicos e arquitetônicos os quais serão descritos no último artigo.  Deixo como sugestão deixar livre a área que envolve a elipse dentro dos formatos escolhidos para uma maior imersão e realismo da audiência.

O ângulo de visão vertical é menor do que o ângulo de visão horizontal, ou seja, 23 graus na vertical, e 39 graus na horizontal, isto na horizontal se situa entre os pontos cegos do olho humano, conforme demonstrado na tese.

A referência utilizada para a pessoa sentada na altura é de 1,15 m, proporcionalmente indicado na figura, o que deve ser observado no projeto, para o centro da altura da tela, na altura media de visão da audiência, em caso de mais de uma fileira de cadeiras em diferentes níveis de altura.

As dimensões do ambiente do home theater variam em função do projeto arquitetônico e com isto pode o tamanho da tela calculado pela tabela não coincidir com os padrões fabricados.  Por isso é preciso levar em conta o tamanho da ambiência de visualização da tela, e então enquadrar no modelo industrial mais próximo, ou se necessário fabricar sob encomenda o tamanho desejado.

Com a planilha que segue podemos formatar um modelo de acordo com a distância média da audiência, onde inserindo a medida em metros, conforme indicado, obtemos os resultados nos atuais e mais utilizados formatos de visualização.

Podemos observar na coluna “Formato de telas” na linha da distancia (amarelo), a indicação em igualdade abaixo da indicação de cada formato, e na ultima linha a indicação da área visual (m²) também igual para os modelos. Nas linhas verdes os tamanhos em metros da altura e largura, e em polegadas diagonais para o tamanho nominal da tela, as quais tem a mesma área em metros quadrados para atender às condições do conforto visual.

Na coluna “conforto visual” têm as áreas em metros quadrados da audiência, que se refere à forma de uma polígono de cinco lados, sendo apontado para frente da tela, conforme pode ser observado na figura seguinte à tabela. Também temos indicado a distância mínima e a distância máxima, para o caso de mais de uma fila para a audiência. Quando o home theater é projetado no living, normalmente temos um sofá central, que seria utilizado para medir a distancia média da audiência. Já em salas mais dedicadas, podemos utilizar um desnível entre as fileiras, e acomodar mais pessoas, sem que com isto se perca a qualidade ou conforto, permitindo ainda, que àqueles que preferem sentar nas fileiras frontais do cinema, ou mais para o fundo, tem a mesmo resultado visual dos cinemas, atendendo assim a todas as preferências dos amigos e convidados.

Seguindo as instruções no preenchimento dos dados, de acordo com o projeto de interesse, chegará ao resultado desejado.

 

 

 

 

 

Como a planilha fornece os resultados a partir da distancia visual, pode acontecer que o modelo de tela no tamanho diagonal não se enquadre nos formatos comercializados, neste caso verifique os fabricantes tem a oferecer, e principalmente observe a distancia mínima ou a máxima, pois dentro disto a tela do formato comercial mais próxima poderia atender, ou poderá de ser feita a tela sob encomenda no tamanho desejado.

A tabela que segue mostra dentro do parâmetro e os formatos que deveriam ser produzidos como padrão, para que também a sequencia de distancias se enquadrem de forma harmônica, e possam atender a todos os projetos dentro da maior proximidade possível. Vale uma curiosidade, enquanto o home theater se traduz como teatro em casa, este se instala no living, de forma automatizada, com telas motorizadas, lift, de forma que mantem-se a decoração do living e sua finalidade. Geralmente com um monitor na parede para uso diário, e caixas embutidas no forro ou paredes e uma vez acionado se transforme no “home theater”.  Já o home cinema, é utilizado como conceito para salas dedicadas, onde a tela pode ser fixa, ou multi-formato, com cortinas decorativas automatizadas, projetor em suporte (sem lift), muitas vezes embutido na decoração do forro, tratamento acústico, e caixas à vista, ou embutidas, mas tudo para um conceito técnico resultando em maior realismo cinematográfico. O conforto deve ser maior e mais aconchegante do que as salas de cinemas comerciais.

Na tabela podemos verificar os principais formatos com a polegada diagonal, e a distância mínima e máxima ainda no conforto visual. A tabela mostra somente os tamanhos de telas em linha de produção normal (dependendo do conceito de tecnologia do fabricante), os tamanhos intermediários devem ser feitos por encomenda, porem se verificar a tabela, a interligação entre os modelos, permite atender a distancias intermediarias mantendo o conforto visual. Ex.: Tela 92 pol. no formato HD (19/9) permite uma distancia máxima de 4,07 metros, enquanto o modelo logo acima 106 pol. no mesmo formato permite uma distancia mínima de 2,59 metros. Isto significa que distancias intermediarias, e telas resultantes de tamanho intermediário, são atendidas por estes modelos adjacentes, e principalmente mantendo o conforto visual, dentro da fisiologia dos olhos.

No gráfico que segue, temos as mesmas informações da tabela porem em gráfico, onde podemos projetar o exemplo e concluir a melhor tela dentro dos modelos comercializados.

Quanto maior a distancia, maior a tela de projeção, e tanto maior é a flexibilidade na distancia visual, este gráfico permite àqueles que têm facilidade uma análise cognitiva, para verificar a interação entre os fatores de composição da tabela, e aplicar da melhor forma no projeto.

É importante conhecer o gosto ou tendência do cliente, em estar mais próximo da tela ou mais distante, como por exemplo, quando estamos nos cinemas padrões dos shoppings centers, temos a identificação das letras para a fileira de cadeiras. Nisto as fileiras K; L; M estão numa posição de conforto, e pode ser observado que o visão está na altura do centro da tela, também as questões acústicas são melhores percebidas nestas fileiras, considerando as poltronas centrais, pois nos cantos perde-se um pouco dos efeitos surround, e o estéreo também é menos percebido. Gostos e sensibilidade da visão e audição são peculiaridades de cada pessoa, e o resultado de imagem e do som entre outros devem atender às exigências, bem como da técnica e estética.

Por estes fatores o trabalho de construção ou montagem do home theater é feito a partir de reuniões com o cliente, o arquiteto responsável pelo conjunto, engenheiro civil responsável pela obra civil, elétrica, e projetistas, vendedores, técnicos instaladores responsáveis pelo resultado dos equipamentos.

Alguns artigos referente a esta segunda etapa serão divulgados, assim mantemos a condição agradável de uma leitura de poucos minutos, ou releitura para a analise mais profunda e aplicação prática das técnicas.

Estas informações têm alguns pontos inéditos, pois tratam da tecnologia desenvolvida pelo laboratório de P&D, e apresentadas aqui com exclusividade.

Entendo que o conhecimento somente tem valor quando compartilhado, pois não se trata de vaidades humanas, e sim, de um bem maior onde os sensatos sabem reconhecer e respeitar, e com isto os agraciados podem captar e desenvolver ainda melhor.

A última etapa do artigo é dirigida a profissionais; fabricantes, Arquitetos, Engenheiros, Projetistas, e será divulgada através de solicitação e cadastramento dos interessados através do link contato@kreische.com.br, onde o principal objetivo visto os retornos que recebemos dos leitores e até sugestão dos próprios, interagir para que possamos receber um feedback, críticas construtivas, sugestões, e assim engrandecer e até indicar os clientes para uma melhoria continua com os profissionais deste nicho do mercado.

Cordiais Saudações.

Luis D. Kreische

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