Tese do Campo Ideal da Visualização e Audição


Tese do campo ideal da visualização e audição.

Dúvidas envolvem o assunto sobre escolha do formato e da distancia para visualização em telas de projeção, como também da área de audição conjunta. Após dois anos de pesquisa a Tese foi concluída e registrada no 3º Registro de Títulos e Documentos, em Porto Alegre, Estado do RS, número 20021, e registrada os direitos autorais na Fundação Biblioteca Nacionais; Ministério da Cultura, sob o Nº549. 015, em 26 de janeiro de 2012.

Índice:

1 – Histórico resumido

2 – O Vídeo e o Áudio

2.1 – Considerações sobre o vídeo

2.2 – Considerações sobre o áudio

3 – Adendos sobre Visão

3.1 – Considerações sobre a visão

4 – Tese

4.1 – Introdução

4.2 – Atual limitação

4.3 – o Propósito

4.4 – Equacionamentos dos formatos

4.5 – Soluções para a visualização

4.6 – Soluções para a audição

4.7 – Associações das áreas visual e auditiva

5 – Matriz Industrial

5.1 – Exposição numérica

5.2 – Normatização industrial

6 – Conclusão

7 – Referencias

 

1 – Histórico resumido

 

Em 1894 os aspectos de tamanho de imagem em filme se iniciaram pela proporção 1,33: 1 no invento de Thomas A. Edison. Em 1932 a proporção foi ampliada e padronizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, para a proporção 1,37: 1, nas películas de 35mm.

A partir de 1950 as produtoras lançaram as proporções 1,85: 1 onde se ampliou a imagem através das lentes Anamórficas, para um formato de até 2,35: 1, nomeados como Cinema Scope e em seguida aperfeiçoados para o Panavision com 2,40: 1 com suas respectivas inovações.

Atualmente consideramos o aspecto Standart 4/3 (1,33: 1); o Scope na proporção 4,7/2 (1,35: 1), o Panavision que corresponde a 4,8/2 (2,40: 1), e com o advento da alta definição houve a necessidade de convergência de aspectos, então foi adotado o padrão 16/9 (1,77: 1) como padrão convergente, este ultima é utilizado para home theater, DVDs, HDTV, Blu-ray.

A proporção 4/3, e 16/10 são utilizadas também para projeção no aspecto gráfico e didático em empresas e escolas, sendo que o aspecto 4/3 é ainda utilizado pela televisão aberta no Brasil, conhecido como Standard Television (SD), hoje superado pelo padrão HDTV (High Definition Television) 16/9, pois este último proporciona a maior proximidade com cobertura do ângulo de visão humana, além do melhor aproveitamento na convergência dos diversos formatos, sendo esta a razão de escolha, para a implantação do HDTV na Comunidade Internacional.

A determinação da distancia de visualização e da melhor audição, tratam de fundamentações técnicas, e também da sensibilidade visual e auditiva. Assim a melhor forma está no entendimento da ciência, onde na comprovação dos dados e no conhecimento adquirido poderemos conceber um novo conceito de soluções.

2 – O Áudio e o Vídeo

 2.1 – Considerações sobre o vídeo

A imagem assistida no campo da projeção possui em seu contexto a parte sonora e a parte visual. Na parte visual temos quatro formatos atualmente empregados e mais utilizados: o primeiro é a televisão dos canais abertos ou Standard Television (SD) com a proporção 4/3 ou 1.33:1; o segundo para o DVD e HDTV, padrão HD; High Definition, com a proporção de 16/9 ou 1,77: 1; em terceiro o formato Scope com proporção de 4,7/2 ou 2,35: 1, e em quarto o formato Panavision com a proporção 4,8/2 ou 2,40: 1, projetado através da lente anamórfica colocada no projetor, ou de forma digital em projetores eletrônicos.

Fundamentalmente estes quatro formatos permitem ainda enquadrar outros existentes com pequenas perdas, por isso utilizaremos como padrões nesta tese três formatos: SD (3/4); HD (16/9) e Panavision PV (2,8/2). A visualização interativa está na figura 1:

 

figura-1a-formatos-portugues

 

Figura 1

 

A imagem é formada por pontos nomeados pixel. O pixel pode ser associado ao numero de linhas verticais, ou seja, quanto maior o número de linhas verticais, maior o numero de pixel dentro do mesmo formato e, portanto maior a definição de imagem.

Encontramos comumente imagens geradas com 500 ou 1000 linhas, mais especificamente quadros com 768 x 576 pixels (PAL M); e 1920 x 1080 pixels (HD1080) que é o atual formato da alta definição (HD).

Este número de linhas verticais multiplicado pelo numero de pontos horizontais determinam o numero total de pixels na área da tela.  Na transmissão Standard tem um menor numero de pixels em relação a uma transmissão HDTV, ou num leitor Blu-ray que possui 1080 linhas enquanto um leitor DVD tradicional possui 576 linhas. Exemplificando a diferença do numero de pixels entre dois sistemas:

Sistema PAL M (padrão brasileiro) 4/3:

768 pixels horizontais (x) 576 linhas verticais = 442.368 pixels de definição ou pontos de composição da imagem.

768 / 576 = 1,33: 1 aspecto da imagem, SD, standard television.

Sistema alta definição HDTV 16/9:

1280 pixels horizontais (x) 720 linhas verticais = 921.600 pixels de definição ou pontos de composição da imagem.

1280/720 =1,77: 1 aspecto da imagem, HD, high definition.

A diferença de qualidade na imagem é percebida basicamente pelo aumento do numero de pixels, podemos então concluir que o HD tem o dobro de qualidade de imagem sobre o SD.

Observação: consideramos a “imagem”, como a visualização da tela após nos distanciarmos da mesma, no propósito de o pixel ficar visualmente despercebido, ligados entre si. Esta distancia da imagem muda de acordo com a sensibilidade pessoa, porem se enquadra em estimativas de medias. Visualizando uma imagem em alta definição, a qual possui um maior numero de pixels, podemos estar mais próximos da tela em relação ao SD standard, o que por sua vez influencia para o calculo de distancia da tela até o espectador. Atualmente a distancia de visualização tem como parâmetro a altura ou largura do formato da imagem, assim se considera uma necessidade de menor distancia para a visualização em 4/3. Gerando assim conforto dos espectadores para a interação, já que ficam mais próximos da tela. Esta pratica não contempla a relação entre mais de um formato, nem o conforto visual a partir do ângulo de visão, e não considera o ponto cego do olho humano.

2.2 – Considerações sobre o áudio

Paralelamente à imagem desenvolveu-se inicialmente a reprodução mono fônica, posteriormente estereofônica, que permite a percepção da ambiência acústica e do efeito de profundidade gerada pela diferença de fase entre os dois canais. Atualmente o sistema mais utilizado é da Dolby Laboratories, fundada em 1965 na Inglaterra, detentora da marca Dolby entre outros. Também temos o sistema DTS e as normas THX baseados na plataforma dolby digital. Na reprodução em dolby 5.1 canais, o mais utilizado, o estéreo convencional é reproduzido nas duas caixas frontais (direito e esquerdo), temos ainda um canal central frontal, dois canais surround (traseiro direito e esquerdo) e um canal de subgraves, em caixas especiais chamadas subwoffer.  Existe ainda o dolby 6.1 e 7.1, todos baseados na mesma plataforma básica 5.1. O ponto de audição ideal tecnicamente se mantém o mesmo nas especificações do fabricante para os diversos sistemas.

Este padrão também é empregado em cinemas e DVD, e compõem-se com normas de gravação que determinam na reprodução, o melhor posicionamento entre os cinco canais principais.  Os pontos de audição indicados no sistema DD 5.1 podem ser conferidos na figura 2:

 

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Figura 2

Observação: A tela de projeção ou TV não indicada na figura 2 fica situada atrás da caixa central e centralizada em relação à zona de audição. O raio da circunferência que distancia igualmente as caixas do centro da zona de audição, na maioria dos ambientes que são retangulares, não se consegue efetivar, o que inviabilizaria a adequação da norma. Para corrigir esta dificuldade os amplificadores possuem um ajuste eletrônico chamado delay time, o qual permite que este raio seja encurtado fazendo a compensação eletrônica da distancia, viabilizando o sistema para os diferentes ambientes de audição.

3 – Adendos sobre Visão e Audição

3.1– Considerações sobre a visão:

No campo biológico da visão humana em relação à visualização da tela, tratamos primeiramente do “ponto cego” característico do olho humano no ponto em que o nervo ótico liga no globo ocular, não existem células sensores da luz em nível de informação, isto ocasiona o ponto cego. Para comprovação pode ser feito o teste seguinte:

É necessário fechar o olho esquerdo, o foco do olha direito em um único ponto, e ver se alguma coisa desaparece da visão cerca de 20 graus para a direita deste ponto. O diagrama a seguir tem um conjunto de caracteres do lado esquerdo, e o circulo preto do lado direito. Manter a cabeça imóvel, com o olho direito cerca de 3 ou 4 vezes, tanto a partir da pagina como o comprimento da linha vermelha, olhar um caractere de cada vez, até que o circulo preto desapareça.

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A sugestão oposta funciona para testar o ponto cego do olho esquerdo também. Fazer exatamente o mesmo que a imagem anterior, porém com o olho esquerdo aberto e o olho direito fechado.

 

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Os pontos cegos em cada olho são alinhados simetricamente de forma que a maior parte do tempo, um campo de visão do olho vai compensar a perda de visão no outro. A figura 3 mostra os pontos cegos onde estão localizados.

 

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Figura 3

Visualizando uma imagem projetada, teremos num raio de aproximadamente 20 graus, com a não visão, ou ponto cego, numa variação 2 graus, em torno do objeto que se situar neste ponto. Embora não estejamos assistindo a uma imagem projetada com apenas um olho, de outro lado temos um ângulo máximo de percepção mesmo com os dois olhos abertos, este ângulo está em torno de 64 graus.

Embora as telas tenham um formato retangular, a percepção visual tem forma elíptica, e este ângulo se conclui em torno de 138 graus na horizontal por 51 graus na vertical. Conclui-se um ângulo 120 graus médios para ambos os olhos, e de acordo com a sensibilidade de cada pessoa.

4 – Tese

4.1 – Introdução

A área ideal para visualização da imagem projetada deve estar conjuntamente dentro da zona de audição, porem até o momento esta área não foi determinada ou comprovada de forma que se possa firmar um conceito para ambientes de médio tamanho.

Os fatores conjuntos serão explanados para formar um novo conceito em projetos de salas dedicadas para home theater e outros.

4.2- Atual limitação

Na atual limitação do melhor ponto de visualização, temos referencias de estudos ou regras que datam de 30 anos atrás, e foram baseadas em formatos de imagem em sistema SD (4/3), e nesta época havia baixa resolução de pixel. Considerando ainda a inexistência dos projetores de vídeo, e também salas residenciais de home theater como atualmente. Hoje em dia temos mais padrões de imagem, e a alta definição, além de projetores 3D que exigem ângulos específicos para manter a polarização da luz.

Em áudio tínhamos apenas dois canais estéreos, e atualmente cinco canais e subgraves, isto na formatação básica, além disto, resposta de frequência dos sistemas, que reproduzem hoje toda a faixa auditiva promovendo um realismo sonoro. Isto implica não somente em disposições corretas com também em tratamento acústico nos ambientes para compor a melhor equalização, reflexões e tempo de reverberação.

O home theater; os pequenos auditórios e as salas de cinema; o DVD, o Blu-ray, e os sistemas de som de 5.1 canais foram desenvolvidos posteriormente às primeiras normas de distanciamento de telas. Estas normas com o tempo deixaram de atender as necessidades, fazendo com que cada projetista tenha seus próprios pontos de vista e projete sem uma ciência específica, com métodos que não atendem a todas as necessidades exigidas pelos clientes.

Além disto, as telas de formato único tem a limitação em atender à apenas um formato de imagem, e com isto tarjas pretas nas laterais ou na altura aparecem quando se projetam diferentes formatos na mesma tela. Isto significa que mesmo aplicada uma norma existente, a tela não atende ao formato que é projetado.

Estas inconveniências geram desconforto, como também podem causar danos à visão pelo esforço irregular, assim também à audição se não estiver no pondo ideal ou com o equipamento corretamente ajustado.

Cada um destes inconvenientes obriga o forçar a visão ou audição, fazendo com que um filme ou show de alta qualidade assistido no intuito de proporcionar satisfação, se torne uma irritação. O consumidor investiu em altos valores, e muitas vezes devolve o produto, ou ainda aciona judicialmente a loja ou projetista, causando desgastes a todos os envolvidos.

4.3 – O Propósito

A tese visa calcular o posicionamento e o tamanho da área de audiência acústica e visual, e também a interatividade entre os formatos comercializados para ambientes residenciais de médio tamanho.

Todos os desconfortos foram mapeados e são solucionados através de uma confirmação cientifica, matemática e biológica, atendendo as necessidades de conforto auditivo e visual, dentro do campo do áudio e vídeo.

A aplicação da tese apresentada permitirá adendos à normatização nacional e internacional no intuito de regularizar o projeto de sistemas de projeção e de sonorização de ambientes de médio tamanho.

A informação publica da tese deverá ser motivo de satisfação para aqueles que hoje possuem produtos já instalados como também para os projetistas e revendedores que desejam proporcionar num projeto de áudio e vídeo um resultado gratificante para o consumidor.

4.4 – Equacionamentos dos formatos

Os formatos existentes e utilizados comercialmente em home theater e que serão utilizamos na tese são o SD (standard), HD (high definition), PV (Panavision).

Para a solução foi necessário achar um parâmetro em comum, que é o pixel, menor componente visível da imagem, onde então conclusivamente vê-se na tela um conjunto de pixels que forma a imagem.

Isto significa que estaremos olhando a imagem que se forma com a fusão do pixel na percepção do olho, então temos um parâmetro: a distancia não pode ser menor do que a fusão dos pixels na percepção do olho.

A imagem dentro de um formato possui um determinado numero de pixels, e se estes pixels forem configurados para cada formato com igual numero, temos então outro parâmetro: assimilamos visualmente independente do tamanho ou formato da imagem uma área em metros quadrados considerando que estejam dentro do campo visual de conforto do olho humano.

Se observarmos a imagem sobre o ponto de vista de metros quadrados poderíamos determinar o parâmetro de distancia por metro quadrado de imagem. Ainda assim outros fatores deveriam também estar em concordância como a condição de conforto visual relativo ao ponto cego biológico. Se o parâmetro por metros quadrados independente do formato for considerado conclusivo, sobre o aspecto de que o nosso olho estaria vendo o mesmo numero de informação, poderemos exemplificar o conceito, como no exemplo da planilha que segue:

planilha-1

No exemplo da planilha podemos concluir o parâmetro de que: podemos compor um conjunto de formatos de projeção com a mesma área visual em metros quadrados.

4.5 – Formatações da visualização

Concluindo que podemos relacionar um conjunto de telas com mesma área visual, e que isto permite um propósito comum entre os formatos, passamos a verificar os aspectos da visão humana e sua relação com os formatos mais utilizados.

O olho humano tem um ângulo de visão horizontal com 120° e verticalmente 50° médios. Esta condição pode ser confirmada no campo da oftalmologia, mas naturalmente desejamos a zona de conforto, onde não necessitamos movimentar acima de 10° em torno do eixo central do olho. Também desejamos que o campo de visão não ultrapassasse os pontos laterais do ponto cego de 20° para cada lado do campo de visão horizontal. Ainda podemos afirmar que o campo de visão humana obedece a um formato elíptico formado pelos ângulos máximos de percepção dentro da intenção do conforto visual.

Sobrepondo os três formatos de imagem, podemos gerar uma elipse em torno dos mesmos. Respeitando os ângulos de conforto visual e ponto cego, e ainda colocando os três formatos com mesma área. Chegamos com isto a uma distancia de visualização que contempla o conforto visual ideal.

Esta convergência dos fatores apresentados pode ser observada na figura 5, determinando D, D¹ como a distancia ideal.

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Figura 5

Observação: A posição “Horizontal” indicada na figura 5 é a visão do espectador considerando a sua centralização horizontal perpendicular à tela, e a indicação “Vertical” é a distancia da visualização onde o espectador esta posicionado no centro vertical perpendicular a tela.

Os pontos considerados na figura tanto o vertical como o horizontal partem perpendicularmente do centro da tela e possuem o mesmo valor numérico.

A medida indicada “D” está respeitando o conforto dos ângulos de visão vertical e horizontal, de forma que o movimento da cabeça se efetive pela própria vontade do visualizador ou pelo interesse artístico cinematográfico ou gráfico desejado pelo diretor da imagem.

Concluímos testes para a percepção visual dos pixels tanto com 500 e 1000 linhas, e em ambos os casos a percepção do pixel, fica muito abaixo da medida “D”. Esta condição permite que a área de visualização tenha uma ampliação, a qual foi formatada para sensibilidade auditiva, que é mais critica em função de termos cinco fontes sonoras direcionais.

Esta formatação de ângulos para o ponto ideal de visualização permite a condição da projeção 3D com luz polarizada ou sistema de óculos com abertura sincronizada.

4.6 – Formatações da audição

Simulamos o sistema Dolby Digital num raio “R”, e projetamos os ângulos indicados pelo fabricante, mostrado na figura 6. Considerando a projeção sonora das caixas acústica num ângulo de 30° médio, percebemos que as características das caixas acústicas permitem uma resposta media das frequências, sem perdas de qualidade ou de efeito acústico.

Mesmo em variações de acordo com o tipo e qualidade dos alto falantes, tem-se ainda a perfeita fidelidade e a sensação acústica do posicionamento da fonte sonora e da ambiência da gravação. O dolby digital inovou os sistemas de som justamente por reproduzir nos cinco canais de som a realidade virtual do som originalmente gravado.

Através das diferenças de fase entre os cinco canais e outros, podemos gravar e reproduzir a cena original com todos os sons circundantes e com isso também a própria ambiência, ou seja, a assinatura sonora do momento da gravação.

Segundo as especificações do dolby digital, as variações de ângulo podem ficar numa faixa de 22° a 30° nos falantes frontais, e 90° a 110° no surround. As caixas acústicas atualmente fabricadas obedecem às normas de forma que podem ser utilizadas nestes sistemas, e conclusivamente pequenas variações não afetam o desempenho final.

Com isto chegamos ha uma figura geométrica, semelhante a um pentágono, conforme pode ser observado na figura 6, e simulando uma distribuição de assentos dentro desta área, teremos todos os pontos a visualização direta da fonte sonora, e com isto uma qualidade dentro dos padrões exigidos.

Concluímos como sendo a área de audição ideal em ambientes de médio tamanho, no formato próximo a um pentágono. Também uma possível distribuição dos assentos de forma que cada ouvinte “enxergue” auditivamente todas as fontes sonoras, para que o efeito da originalidade e técnica da gravação tenha seus objetivos atingidos.

 

 

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Figura 6

Observação: A caixa na esquerda foi adequada para ficar dentro do ambiente físico, e o ângulo de abertura de som ficou ampliado para 40°, incluindo a necessidade de ajuste delay time. Com esta forma retangular do ambiente, se obtém o menor numero de ondas estacionarias, e a área de audição se mantem no mesmo tamanho.

4.7– Associações das áreas visual e auditiva

Sobrepondo os gráficos das figuras da melhor visualização e audição, obtemos um conjunto de situações onde a distancia ou ponto central ideal são iguais. Na figura 7 podemos visualizar a associação das áreas, juntamente com os três formatos de telas dentro da mesma planta baixa. O entendimento desta etapa se da através da analise da visão conjunta, da sincronia entre todos os fatores e da forma aumentada ou diminutiva do conjunto, mantendo as proporções para atender as diversas disposições de tamanhos de ambientes.

 

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Figura 7

Observações: A distancia “D” que é igual ao raio “D”, porem esta relação é somente inicial para que a conjunção da distancia visual esteja no melhor posicionamento acústico e vice versa.  Se o raio “D”  for menor,  a área de audição fica menor, mas não muda de centro já que é estabelecido como o melhor ponto de visualização da tela. Entenda-se que a distancia entre as caixas em relação ao centro da audição podem variar, já que os tempos delay fazem a compensação, isto ocorre na realidade, pois a mobilia ou a estrutura de lay out do ambiente muitas vezes tem limitações que interferem na condição de equidistância das caixas acústicas, mas a distancia do centro até a tela não pode ser alterada.

5 – Matriz Industrial

5.1 – Exposição numérica

A planilha da figura 8 se caracteriza por um conjunto de fórmulas, que resultam nas medidas para a formação de áreas visuais dos três formatos.

No caso da audição deve ser observado o correto ângulo na disposição das caixas acústicas, e a partir disto a fidelidade da reprodução se completa por características técnicas das caixas acústicas; da precisão dos ajustes e da acústica do ambiente.

A planilha tem como foco principal o ponto de visualização, e a interação entre os tamanhos de telas através da equivalência de áreas em metros quadrados. Indica também a área de audição em metros quadrados do centro da visualização.

Nomenclatura:

Distancia visual: ponto central de visualização e audição em relação perpendicular do centro da tela.

Formato: 2,40 Panavision;  1,77 High Definition; 1,33 Standard.

Altura: altura da área visual.

Largura: largura da área visual.

Diagonal: tamanho em polegadas da medida diagonal.

Área visual: área útil para projeção da imagem em metros quadrados.

Audição: área útil de audição em torno do pondo central em metros quadrados.

 

figura-8

Figura 8

Seguem as formulas para a montagem da planilha:

Distancia visual = Deve ser a distancia da tela até o ponto central da visualização desejado.

PV largura (width) =(B5*0,363970234266202)*2

HD largura(width) =(B5*0,31325570129515)*2

SD largura (width) =(B5*0,2712873952019)*2

PV altura (height) =C6/4,8*2

HD altura (height) =D6/16*9

SD altura (height) =E6/4*3

Diagonal PV =(C6/4,8*5,2)/0,0254

Diagonal HD =(D7/9*18,35)/0,0254

Diagonal SD =(E7/3*5)/0,0254

Área Visual PV =C6*E7

Área Visual HD =D6*D7

Área Visual SD =E6*E7

Hering  m ² =((E6/2)*(E6/2))*3,14

 

Na figura 9, pode-se observar os ângulos para formação do cateto oposto para a configuração da largura do formato, também a elipse exemplificando o ângulo de visão do olho humano e o ângulo de visão de conforto para a visualização das telas.

A ponto ideal de visualização e audição esta indicado e em torno do “centro de visualização e audição”  com a área total que se conformou pela projeção sonora das caixas acústica considerando uma ângulo de dispersão sonora de 30 graus. A distancia D e D¹ são iguais referentes ao raio D, na distancia D mostra identificado o plano horizontal em planta baixa, e a distancia D¹ no plano vertical.

 

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Figura 9

5.1 – Normatização Industrial

Dentro da exposição da tese geramos uma condição de medidas proporcionais que atendem ao parâmetro da distancia. Com a tabela da figura 10, podemos verificar uma sequencia de medidas para produção industrial, com a mesma largura visual, formando também na  sequência, modelos com a mesma área visual.

 

 

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Figura 10

 

Podemos observar na tabela da figura 10, a igualdade das larguras da área visual nos modelos nos formatos subsequentes. Exemplo: a largura das telas na linha horizontal de “PV 76 pol.; HD 80 pol.; SD 87 pol.”, possuem a mesma largura em área visual. Fazendo disto um padrão industrial, propiciamos um melhor aproveitamento de matéria prima, na multiplicidade do uso, ou seja, a mesma estrutura mecânica permite a instalação e montagem de mais de um modelo de tela, o que reduz o custo  do imobilizado na manufatura.

Podemos também observar na linha vertical do modelo “PV 76 pol.; HD 80 pol.; SD 87 pol.”, todas têm a mesma e exata área visual em metros quadrados, isso permite a associação dos três modelos com a mesma distancia visual. Exemplo na figura 10, “padrão inicial 2,44 (m)“, no sentido de propiciar o conforto visual conforme demonstrado na tese.

Ainda na mesma figura 10, vemos as distancias em sequencia, e aumentadas proporcionalmente. Estas medidas são geradas a partir do “padrão inicial” sugerido como 2,44. Preenchendo o item “padrão inicial”; é automaticamente aplicada uma constante de multiplicação (kreische) 1,546573, que gera os espaços “padrão 1;2;3;…”; medidas subsequentes, em mesma área visual, e em mesma largura até o limite desejado.

 

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Figura 11

A figura 11 mostra a sequencia de áreas visuais que podem ser projetadas a partir da planilha apresentada na tese, observamos que as larguras se encaixam entre si em sequencia. Ainda forma modelos com a mesma área dentro do conforto visual. Com a aplicação da tese, e de uma tabela nos moldes da figura 10, podemos obter economia na estocagem para uma escala de produção de baixo custo de matéria prima imobilizada, e com isto gerar produtos personalizados com curto setup de produção.

6- Conclusão

A tese formata a solução na escolha do tamanho da tela em relação a distancia desejada dentro de novos conceitos do melhor conforto visual e determina conjuntamente a melhor área de audição.

A tese demonstra ainda a interação entre os formatos, uma  vez que os projetores dedicados projetam mais de um formato, e permitem ajustes de foco e zoom onde se podem utilizar telas duplas; ou multi-formatos, o que vem de encontro às necessidades de conforto e da técnica, ambos desejados pelos consumidores projetistas do mercado especializado.

A tese demonstra uma nova ciência de soluções com a possibilidade de uma inovação das normas existentes.

Autor:  Luis Domingo Kreische

 

7 – Referencias:

www.projectorcentral.com/(calculador de formatos)

www.dolby.com  ( sobre normas e sistemas de gravação e reprodução dolby digital)

www.afterdawn.com  (informações diversas)

www.aicinema.com.br (informações diversas)

www.oscars.org/ ( ciência e tecnologia)

www.abnt.org.br (normas brasileiras)

http://vitorpamplona.com/deps/papers/2007_UFRGS_TI.pdf  (estudo sobre o olho humano)

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.doobybrain.com/2008/02/25/the-human-eye-has-a-blind-spot/

(teste do ponto cego do olho humano)

http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revteatro/article/viewFile/4327/3239  (audição musical)

http://www.cinedie.com/links.htm (links internacionais)

http://www.cinedie.com/formatosnatv.htm (formatos)

http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=5&Itemid=72

http://www.ctav.gov.br/tecnica/arquitetura-de-salas-de-exibicao/

http://www.wiki2buy.com.br/wiki/Guia_de_Compra_de_TV

http://www.afi.com/

 

 

 

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